quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fazendo um não com a cabeça, ela foi honesta.
Não, não... - Repetiu com palavras.
Mas a vida, disfarçada de gente, não desistia.
Com o dedo indicador fazia gesto de "venha, chegue mais".
Para quê? Já não debochou o suficiente? - Negou-se novamente. - Olha, vou ser sincera. Prefiro doer e sangrar a ser permissiva. Não combina com minha personalidade. Sou de opinião formada. Sou bambu, eu vergo justamente para não quebrar, de tamanha rigidez. E, fazendo sempre do meu jeito, tenho sobrevivido às tempestades que jorras em minha cabeça. Sou fênix. Sou de chegar ao fundo do poço apenas para provar que sou foda, pois bato meus pés e dou impulso pra volta. Segue adiante, vida que finge ser boa. Boa mesmo aqui, sou eu.
Piscando coquete um olho, lança um beijo a sua tendenciosa e falsa algoz. 
E esta, finalmente, é obrigada a concordar.

30/03/15

Nenhum comentário:

Postar um comentário