Admirar a personalidade. Fazer valer a autenticidade. Impressionar pela honestidade.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Minha tacada perfeita está me procurando. Não preciso fazer nada, apenas fixar meu olhar no infinito e permitir que ela se aproxime. Perfeita harmonia entre tempo, espaço, força, tração, visão, capacidade. Contramão do que tenho feito, na ânsia de acertar, ser perfeita, satisfazer os caprichos alheios. Na corrida sôfrega e trôpega por colocar sentimentos honestos e verdadeiros numa bandeja que pode ser alcançada por qualquer um. Ao desfrute e saciedade de quem quer que seja. Paro, permitindo a brisa fresca com cheiro de folhas e garoa limparem meu rosto. Sinto uma crescente alegria, que vem em pequenas mas insistentes doses doces. Noto uma sonoridade nova, única, emocionante expandindo em meu peito. A sensação de encontro comigo mesma, estranha mas gratificante, brotando interminável por poros que nunca soube existir. Intermitente mudança. Rastro generoso que traz verdades absolutas. Abro meus braços, posto que não devo avançar sobre ela. Que está chegando. Encontrando esta que vê-se pronta. E minha bela e certeira tacada, que há tanto buscava-me, entra e aconchega-se em meus braços, sentindo o calor com que é recebida. Permite que a toque e transmita minha vida através dos meus dedos. Finalmente o encontro esperado, toda dor e dúvida esvaindo, num gerúndio. E o que resta, junto ao burburinho da paisagem, é a leveza de olhar-me com todo afeto e descobrir-me meu verdadeiro amor.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Minha atual dificuldade é compreender como é regido o coração que vive dentro do meu. Sinto o calor do sentimento mas a frieza da atitude. Não consigo formular pensamentos adequados.
Se trazer à tona sentimentos que esqueci, abdiquei, desisti, faz com que o choro, a dor e minhas entranhas sofram de novo, relembro o motivo de tê-los aprisionado em masmorra.
Minhas intensidades travam a garganta. As sensações gritam enquanto latejam. As vontades ralam meus joelhos em asfalto quente. Sangro fora, dentro, no entorno. Lavo de lágrimas minhas mazelas, salgando o que deveria permanecer doce.
Peço inquieta e silenciosa, rogando um pouco daquilo que sonhei. Vejo pela fenda estreita. Pisco líquido saltitante. Ardor nas narinas que o tempo todo assoo. Chamo de meu o que desconheço pertencer a mim.
Ousadia ou soberba, parafernália na minha vida, resolva o ciúme, a posse. Compreenda opções, opiniões e certezas. Pare o questionamento intransigente. Desnecessário, doloroso, cruel.
Entregue o interior, a mente. Suas forças, pensamentos. Desejos, vontades. Dê-se inteiro, abuse da largura e comprimento, venha sem medidas. E permita o fim dessa angústia e o começo de toda alegria.
Se trazer à tona sentimentos que esqueci, abdiquei, desisti, faz com que o choro, a dor e minhas entranhas sofram de novo, relembro o motivo de tê-los aprisionado em masmorra.
Minhas intensidades travam a garganta. As sensações gritam enquanto latejam. As vontades ralam meus joelhos em asfalto quente. Sangro fora, dentro, no entorno. Lavo de lágrimas minhas mazelas, salgando o que deveria permanecer doce.
Peço inquieta e silenciosa, rogando um pouco daquilo que sonhei. Vejo pela fenda estreita. Pisco líquido saltitante. Ardor nas narinas que o tempo todo assoo. Chamo de meu o que desconheço pertencer a mim.
Ousadia ou soberba, parafernália na minha vida, resolva o ciúme, a posse. Compreenda opções, opiniões e certezas. Pare o questionamento intransigente. Desnecessário, doloroso, cruel.
Entregue o interior, a mente. Suas forças, pensamentos. Desejos, vontades. Dê-se inteiro, abuse da largura e comprimento, venha sem medidas. E permita o fim dessa angústia e o começo de toda alegria.
Desorientada neste momento
Nos passados também
Com coisas no pensamento
Gritos dentro de mim advém
Sufocados mantenho
Na garganta me doem
Não compreendo a existência
Ignoro porquês
Salto pelas costas em sonho
Das horas que poderiam ter sido
Orgulho horrendo o arrasta
Mas lama é sobre mim que habita.
Nos passados também
Com coisas no pensamento
Gritos dentro de mim advém
Sufocados mantenho
Na garganta me doem
Não compreendo a existência
Ignoro porquês
Salto pelas costas em sonho
Das horas que poderiam ter sido
Orgulho horrendo o arrasta
Mas lama é sobre mim que habita.
sábado, 1 de novembro de 2014
Mais um novembro. Inevitáveis emoções. Sinto os olhos rasos d'água. Sinto-os voltados para frente. E então para mim. Naquele reconhecimento antigo. De muito tempo. Dias passados correm por aqui. Semanas, meses, anos. E não há peso. Ou desconforto. Mas certezas. Dos sentimentos honestos. Das lágrimas furtivas. Das jornadas. Dos gestos de acolhida. De despedida. Mais uma vez, em novembro. E meus olhos correm por mim, uma vez mais. Diante da gratidão que me toma, só posso abraçar-me carinhosamente, agradecendo a maturidade que ganhei do tempo, as rugas e fios brancos que me presentearam os anos, mas principalmente, este amor e desejo de ser eu inesgotável, verdadeira e honestamente. Sem medos. Sem reservas. Sem senãos.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Não temo o porvir. Não sofro antecipadamente. Não desejo mais as mesmas coisas.
Sonho mais coragem. Trabalho no acerto. Mutável, rolo para não musgar.
Cedo liberdade à alma. Minha e alheia. Compreendo que sempre pode-se ser mais. Estendo um novo tapete vermelho.
Falo menos. Ouço ainda menos. Percebo, enfim, que arrastando, finda o ciclo.
Renovo em esperanças, desejos e aspirações. Permito-me errar sem julgar ou cobrar. Solto meu riso mais franco, guardado para a nova lua de primavera, finalmente.
Sonho mais coragem. Trabalho no acerto. Mutável, rolo para não musgar.
Cedo liberdade à alma. Minha e alheia. Compreendo que sempre pode-se ser mais. Estendo um novo tapete vermelho.
Falo menos. Ouço ainda menos. Percebo, enfim, que arrastando, finda o ciclo.
Renovo em esperanças, desejos e aspirações. Permito-me errar sem julgar ou cobrar. Solto meu riso mais franco, guardado para a nova lua de primavera, finalmente.
Será que já não é hora de sair dessa cápsula solitária e se lançar à vida?
Não tema, não transpire tanto.
Seu medo é antigo no mundo.
Conhecido, sentido, que paralisa.
Não aceite, revolte-se.
Aja. Por você, seu futuro, seus sonhos e anseios escondidos.
Arregace mangas, calce botinas de escalada e vá!
Zona de conforto, a maledicência do viver, cretinice que bloqueia seus passos.
Chute tudo o que conhece, deixe o frio na barriga dominar e jogue-se!
O pior que pode acontecer, acredite, é ter das melhores e mais incontroláveis experiências de toda sua história.
Não tema, não transpire tanto.
Seu medo é antigo no mundo.
Conhecido, sentido, que paralisa.
Não aceite, revolte-se.
Aja. Por você, seu futuro, seus sonhos e anseios escondidos.
Arregace mangas, calce botinas de escalada e vá!
Zona de conforto, a maledicência do viver, cretinice que bloqueia seus passos.
Chute tudo o que conhece, deixe o frio na barriga dominar e jogue-se!
O pior que pode acontecer, acredite, é ter das melhores e mais incontroláveis experiências de toda sua história.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Já gritou a consciência
O quanto deveria voltar
Mais de dez casas no tabuleiro
Para manter as rédeas nas mãos
O que ainda não entendeu
Vida minha
É que amo amar o amor
Ainda que mova o céu em lágrimas
Há uma coragem insistente
Que chama todo meu eu
Dizendo que dor ou cicatriz
É melhor que só passar pela vida
Quem sabe amanhã tranquila e forte
Ainda o toque ao lado
E tantas palavras juntas
Tenham servido para mostrar que, afinal, estava certa.
O quanto deveria voltar
Mais de dez casas no tabuleiro
Para manter as rédeas nas mãos
O que ainda não entendeu
Vida minha
É que amo amar o amor
Ainda que mova o céu em lágrimas
Há uma coragem insistente
Que chama todo meu eu
Dizendo que dor ou cicatriz
É melhor que só passar pela vida
Quem sabe amanhã tranquila e forte
Ainda o toque ao lado
E tantas palavras juntas
Tenham servido para mostrar que, afinal, estava certa.
E desta forma
Indo mundo afora
Já vejo antecipada
Toda história repetir
Não há exclusividade
Sentimento é pra sentir
Ainda que ria e corra
Mesmo que doa ou morra
Não à mornidade
Ao empobrecimento
Deste único dom
Real verdadeiro
Temo passar em folha branca
Aval para minha vida
Enquanto fecho meus olhos
E jogo meu corpo sem temer no sentir.
Indo mundo afora
Já vejo antecipada
Toda história repetir
Não há exclusividade
Sentimento é pra sentir
Ainda que ria e corra
Mesmo que doa ou morra
Não à mornidade
Ao empobrecimento
Deste único dom
Real verdadeiro
Temo passar em folha branca
Aval para minha vida
Enquanto fecho meus olhos
E jogo meu corpo sem temer no sentir.
sábado, 11 de outubro de 2014
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Dores são lições para os atentos. Quando sinto o sobressalto, aquele acontecimento impensável, caio num desejo de dormir e ver passar à distância todo problema ou desilusão. Num primeiro momento. Então, me olho de cima, mudo minha perspectiva e detecto toda força e reação interna. Nego sofrer por mais tempo que o necessário. Sigo caindo em direção ao poço, ao fundo daquele que será rapidamente minha estada. E enquanto me aprofundo , repenso e relembro detalhes daquilo que me fere, fazendo o caminho dolorido real e vivo. Estas vivências intensas resguardam meu equilíbrio, quando finalmente toco o fundo duro, frio e escuro. E num instante imensuravelmente rápido, um impulso inesperado repele a mim, a dor e todas as dúvidas que pudessem reinar dentro do poço. Viva, pronta e limpa, no comando de todos meus sentimentos e em poder do amor próprio que jorra das entranhas, vou caminhar pela rua de árvores, segura e tranquila, como se nunca tivesse saído do centro de mim.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Perdi o caminho a percorrer. Todos dizem para estagnar e não me mover em direção. Que não devo dizer ou fazer. Manter a distância e quem quiser que venha. Mas se somos reciprocidade, o que tais ações me trarão? Mais espaço e solidão? Aceito ser ignorada, por ter ignorado? Não seria exatamente o que mereça por ter sentado e esperado? A vida é da pedra que rola, que não se esverdeia em musgo. Que age, movimenta, se orienta. Não é falta de orgulho, mas comunicação. Se não demonstro, olho, toco, exemplifico, digo, como me relaciono? Esse eu que vive em mim e se expressa de maneira tamanha é o mesmo eu que dorme e acorda com a certeza de que se não viveu mais, foi porque ela não é a única pedra que precisa rolar.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Não sinta-se obrigado a nada, não pense em ser correto, não pense. Seja.
Seja você, seja o mesmo, seja.
Minhas expectativas, meus desejos, minhas vontades pertencem a mim. Nascem de dentro, das (in)coerências que sou.
Podem ser compartilhadas com você, certamente, pois há fragmentos seus nas minhas expectativas, meus desejos e vontades.
Ainda assim, não há obrigatoriedade.
Quero você mais. Mais uma vez, mais um dia. Mais o quanto puder. Sempre que puder.
Mas quero o que você queira. Espero que queira.
Nossas conversas amenas de oi e como vai soam com jeito de sem jeito.
Sou aquela ainda com quem você pode ser você. Mas caso possa ser pouco mais eu, certamente me faria sorrir.
Seja você, seja o mesmo, seja.
Minhas expectativas, meus desejos, minhas vontades pertencem a mim. Nascem de dentro, das (in)coerências que sou.
Podem ser compartilhadas com você, certamente, pois há fragmentos seus nas minhas expectativas, meus desejos e vontades.
Ainda assim, não há obrigatoriedade.
Quero você mais. Mais uma vez, mais um dia. Mais o quanto puder. Sempre que puder.
Mas quero o que você queira. Espero que queira.
Nossas conversas amenas de oi e como vai soam com jeito de sem jeito.
Sou aquela ainda com quem você pode ser você. Mas caso possa ser pouco mais eu, certamente me faria sorrir.
Lenta e risonha
Abre escancara
Membros e pés
Sentada (centrada) em si
Exibe uma uva
Cereja ou pérola
Aos famintos olhos
Furtivos de alguém
Não permite toque
Apenas que veja
Suspira e deseja
As mãos estender
E dentro dos olhos
Desejo liberta
Lateja têmpora
Peito e mais
Um sinal permissivo
Os cabelos nos ombros
Clama pelo nome
Aquele varão
Dedo nos lábios
Bocas nos corpos
Semente explode
No ventre carmim.
Abre escancara
Membros e pés
Sentada (centrada) em si
Exibe uma uva
Cereja ou pérola
Aos famintos olhos
Furtivos de alguém
Não permite toque
Apenas que veja
Suspira e deseja
As mãos estender
E dentro dos olhos
Desejo liberta
Lateja têmpora
Peito e mais
Um sinal permissivo
Os cabelos nos ombros
Clama pelo nome
Aquele varão
Dedo nos lábios
Bocas nos corpos
Semente explode
No ventre carmim.
Que minha transparência não incomode
Minha sinceridade não agrida.
Que eu possa ser-me a todo instante
E sendo-me, repila o que não seja compatível.
Que veja e confie sem temor o que outros não vêem
Ainda que o riso e a dúvida alheia me enfrentem.
Que eu seja essa força inquebrável e bruta
Mas meu toque honesto seja visto com verdade.
Minha sinceridade não agrida.
Que eu possa ser-me a todo instante
E sendo-me, repila o que não seja compatível.
Que veja e confie sem temor o que outros não vêem
Ainda que o riso e a dúvida alheia me enfrentem.
Que eu seja essa força inquebrável e bruta
Mas meu toque honesto seja visto com verdade.
sábado, 4 de outubro de 2014
Uma pessoa comum.
Que acerta pela intuição. Fecha os olhos para algumas verdades para viver felicidades ilusórias, pequenas, míticas. Que sonha o infinito de possibilidades mas mantém um toque de dedo no chão, para sentir a firmeza da terra.
Equivocada, enganada, com dúvidas. Certezas absolutas, amores imensos, intensidades para poucos, bem poucos.
Avessa a falsas e falsos: pessoas, intenções, amigos e sentimentos.
Adepta de honestidade, realidade, palavras sinceras.
Não anda com santos, loucos ou adjetivos. Mas com seres que desejam viver realmente.
Não bate no peito mas o pé quando se vê certa.
Nem ao céu nem abaixo da terra, mas em constante consciência de que por aqui, gostem ou não, todos que se pensam humanos ainda precisam e muito aprender.
Que acerta pela intuição. Fecha os olhos para algumas verdades para viver felicidades ilusórias, pequenas, míticas. Que sonha o infinito de possibilidades mas mantém um toque de dedo no chão, para sentir a firmeza da terra.
Equivocada, enganada, com dúvidas. Certezas absolutas, amores imensos, intensidades para poucos, bem poucos.
Avessa a falsas e falsos: pessoas, intenções, amigos e sentimentos.
Adepta de honestidade, realidade, palavras sinceras.
Não anda com santos, loucos ou adjetivos. Mas com seres que desejam viver realmente.
Não bate no peito mas o pé quando se vê certa.
Nem ao céu nem abaixo da terra, mas em constante consciência de que por aqui, gostem ou não, todos que se pensam humanos ainda precisam e muito aprender.
Posso dizer que a transformação acontece. É possível. É real. Mas é necessário o aceitar, o permitir, o deixar-se envolver pelos verdadeiros sentimentos de mudança. Não há como culpar qualquer pessoa por aquilo que não faço ou faço; por aquilo que falo ou calo; pelas feições que exponho ou escondo; a honestidade que uso ou pelo fingimento. Tudo são minhas opções, meu livre arbítrio.
Quando tento convencer quem quer que seja que algo de minha responsabilidade foi ocasionado por terceiros, além da mentira exposta, mostro a fragilidade das minhas emoções, do meu caráter. Entrego a outro alguém, o poder sobre minha vida.
Que as armadilhas das minhas fragilidades não me corrompam. Que eu siga firme no propósito de admitir meus problemas, minhas mazelas e fraquezas. Só assim, tomando as rédeas do que me fragiliza, conhecendo a fundo o que me faz tombar, tenho capacidade de superar a cada dia, quaisquer dificuldades impostas pela vida e por mim mesma.
Quando tento convencer quem quer que seja que algo de minha responsabilidade foi ocasionado por terceiros, além da mentira exposta, mostro a fragilidade das minhas emoções, do meu caráter. Entrego a outro alguém, o poder sobre minha vida.
Que as armadilhas das minhas fragilidades não me corrompam. Que eu siga firme no propósito de admitir meus problemas, minhas mazelas e fraquezas. Só assim, tomando as rédeas do que me fragiliza, conhecendo a fundo o que me faz tombar, tenho capacidade de superar a cada dia, quaisquer dificuldades impostas pela vida e por mim mesma.
Finalmente entendeu o quanto lhe custara gostar desmedidamente daquelas pessoas por toda a vida.
Mereciam, talvez, parte do seu apreço, mas muito menos que tudo aquilo que comentava ao mundo.
Doeu fisicamente, assim como aqueles tapas fortes inesperados.
Olhou cada um deles e compreendeu a dificuldade em dizer quem eram. A constatação dolorida, fez pesar em seu ser, que tanto amor tinha. Nada seria suficiente para retirar de seu coração aquela estranheza das pessoas que um dia amou sem medidas.
Mereciam, talvez, parte do seu apreço, mas muito menos que tudo aquilo que comentava ao mundo.
Doeu fisicamente, assim como aqueles tapas fortes inesperados.
Olhou cada um deles e compreendeu a dificuldade em dizer quem eram. A constatação dolorida, fez pesar em seu ser, que tanto amor tinha. Nada seria suficiente para retirar de seu coração aquela estranheza das pessoas que um dia amou sem medidas.
Felicidade é uma conquista diária, de momentos pequenos, de minutos estendidos que tornamos horas e dias, tamanha satisfação. Ou de acontecimentos grandes que são tão intensos que levam poucos segundos.
Sejam quais forem, gravam-se na memória de ferro e fogo, sendo para sempre faíscas vivas em nós do tempo!
Sejam quais forem, gravam-se na memória de ferro e fogo, sendo para sempre faíscas vivas em nós do tempo!
sexta-feira, 25 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Já não quer fazer
Parte da dúvida alheia
Do sonho coletivo
De algo que não controla
Quer rédeas nas mãos
Pés fincados no chão
Assento seguro
Um lugar marcado
Teme o desconhecido
Assombra-se com tudo
Estremece por nada
Que vida terá
Aprende criança
O tombo ensina
O erro encaminha
Assoberbado de amar.
Parte da dúvida alheia
Do sonho coletivo
De algo que não controla
Quer rédeas nas mãos
Pés fincados no chão
Assento seguro
Um lugar marcado
Teme o desconhecido
Assombra-se com tudo
Estremece por nada
Que vida terá
Aprende criança
O tombo ensina
O erro encaminha
Assoberbado de amar.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Andei em direção
Àquilo que obstinada
Sonhei e desejei
Toquei sem pertencer
Meus dedos
Sequer tremeram
Ou se afastaram
Do objeto alcançado
Em riso franco
Aberto verdadeiro
De olhos fechados
Apenas sentindo
Falei das coisas
Ri de assuntos
Permiti a entrada
Baixei a guarda
Cedo demais
Para alguém incapaz
Insensível e mordaz
Se o quero? Jamais.
Àquilo que obstinada
Sonhei e desejei
Toquei sem pertencer
Meus dedos
Sequer tremeram
Ou se afastaram
Do objeto alcançado
Em riso franco
Aberto verdadeiro
De olhos fechados
Apenas sentindo
Falei das coisas
Ri de assuntos
Permiti a entrada
Baixei a guarda
Cedo demais
Para alguém incapaz
Insensível e mordaz
Se o quero? Jamais.
Minha responsabilidade com o que sou, represento, faço, é totalmente comprometida com as circunstâncias.
Não posso dizer que agi de uma determinada maneira sem querer.
Não posso me desculpar de algo que me define.
Humana, estou propensa a tudo que a vida, o mundo e eu mesma possamos oferecer a mim, o bem, o mal, dores, dissabores ou simplesmente alegrias. Não sei exatamente o que virá. Como agirei.
Se a mudança brusca de sentimentos atinge meu coração, preciso adaptar minha casa interna para acomodar ou rejeitar o que vem.
Sinto doer meus ossos. Meus olhos marejam. Sistólico, o coração reage.
Cobro intensamente que minha racionalidade seja condizente com as emoções que vivem em mim.
Não é. Simplesmente dominam meu ser.
Então vivo dia após dia. E se algum ser perfeito possa me ajudar em harmonizar o que sinto e sou, agradeço. Mas declino. As delícias da minha vida existem por causa dos meus desajustes.
Não posso dizer que agi de uma determinada maneira sem querer.
Não posso me desculpar de algo que me define.
Humana, estou propensa a tudo que a vida, o mundo e eu mesma possamos oferecer a mim, o bem, o mal, dores, dissabores ou simplesmente alegrias. Não sei exatamente o que virá. Como agirei.
Se a mudança brusca de sentimentos atinge meu coração, preciso adaptar minha casa interna para acomodar ou rejeitar o que vem.
Sinto doer meus ossos. Meus olhos marejam. Sistólico, o coração reage.
Cobro intensamente que minha racionalidade seja condizente com as emoções que vivem em mim.
Não é. Simplesmente dominam meu ser.
Então vivo dia após dia. E se algum ser perfeito possa me ajudar em harmonizar o que sinto e sou, agradeço. Mas declino. As delícias da minha vida existem por causa dos meus desajustes.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Vamos combinar assim
Você me permite viver
Feliz ou não
Eu sonho acordada
Com tudo que um dia
Pensei ser verdade
Mas nossa historia
Disse que não
Não importo ver o fundo
Poço é sempre bom lugar
Lá repenso a vida
E choro um mar
Com água subindo
Nado largas braçadas
Estico o corpo todo
Saindo mais inteira que entrei.
Você me permite viver
Feliz ou não
Eu sonho acordada
Com tudo que um dia
Pensei ser verdade
Mas nossa historia
Disse que não
Não importo ver o fundo
Poço é sempre bom lugar
Lá repenso a vida
E choro um mar
Com água subindo
Nado largas braçadas
Estico o corpo todo
Saindo mais inteira que entrei.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
"Amo tanto e de tanto amar..."
Amando verdadeiramente.
Caindo de amores.
Fechando os olhos e sonhando.
Acordada ou não.
Alegria consiste no amor.
Intenso sentimento, o amor.
Intensa eu, que amo.
Paixões não me enlaçam.
Agradecendo a sensação.
Dispensando sentimentos descontrolados.
Abraçando apenas o amor.
Tecendo teias de amor.
Sensações, emoções, temas, cartas de amor, tópicos, decisões, sentimentos...
Amando verdadeiramente.
Caindo de amores.
Fechando os olhos e sonhando.
Acordada ou não.
Alegria consiste no amor.
Intenso sentimento, o amor.
Intensa eu, que amo.
Paixões não me enlaçam.
Agradecendo a sensação.
Dispensando sentimentos descontrolados.
Abraçando apenas o amor.
Tecendo teias de amor.
Sensações, emoções, temas, cartas de amor, tópicos, decisões, sentimentos...
sábado, 28 de junho de 2014
Perdoar-se e compreender-se
Amar-se e aceitar-se
Não há verdade que se esconda
De você ou se omita
Arrastei culpas e dores
Julgamentos cruéis
Dor por auto punir
Quem sou e sinto
Olhei então para trás
Com alguma ternura
Joguei os braços à frente
E abracei minha criança
Confortada saiu de cena
Trazendo a jovem
Pelas mãos trêmulas
Tímida e equivocada
Trocando de lugar
Com a mulher em idade
Imatura em sentimentos
Que sonhava infinito
Diariamente sem medidas
Querendo o impossível
Sentimentos inalcançáveis
Cometendo bobagens
Caindo de amores
Sofrendo em paixões
Faltando estruturas
Incompreendendo emoções
Enfim me vendo ali
Parada e sorrindo
Piscando os olhos
Remissão surgindo
Faço o que devo
E mereço de melhor
Envolvo-me num franco
Gesto de acolhimento.
Amar-se e aceitar-se
Não há verdade que se esconda
De você ou se omita
Arrastei culpas e dores
Julgamentos cruéis
Dor por auto punir
Quem sou e sinto
Olhei então para trás
Com alguma ternura
Joguei os braços à frente
E abracei minha criança
Confortada saiu de cena
Trazendo a jovem
Pelas mãos trêmulas
Tímida e equivocada
Trocando de lugar
Com a mulher em idade
Imatura em sentimentos
Que sonhava infinito
Diariamente sem medidas
Querendo o impossível
Sentimentos inalcançáveis
Cometendo bobagens
Caindo de amores
Sofrendo em paixões
Faltando estruturas
Incompreendendo emoções
Enfim me vendo ali
Parada e sorrindo
Piscando os olhos
Remissão surgindo
Faço o que devo
E mereço de melhor
Envolvo-me num franco
Gesto de acolhimento.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
A idade? Aquela amiga que ouço tantos maldizerem? Que a pobre fez? Nada! Só existiu.
A minha veio assim, brincando, fazendo graça e absurdamente tímida quando pequena. Não sustentava um olhar mais demorado de quem quer que fosse. Temia, constrangida. Ainda assim, o tempo segurava-me pelos cabelos.
Depois quis mostrar que chegaria. Veio com ares soberbos, num corpo concluído e em mente imatura. Senti a dificuldade de todos me dizerem pronta e eu me ver despreparada. Ainda assim, o tempo enlaçava-me a cintura.
A época seguinte deu-me uma mulher em construção, a jovem saindo de cena com gestos reverentes para aquela que chegava, tranquila. Ainda assim, o tempo abraçava-me gentilmente.
Quando olhei no espelho, meus olhos refletiram uma maturidade que não senti chegar. Não vi entrar. Não percebi a presença. Ainda assim, o tempo tirava-me para dançar. E ainda o faz.
Minhas mechas brancas, que incomodam alguns, são herança agradável da menina tímida, da adolescente que cresceu mas não amadureceu, da mulher que aprendeu com as dores mais que pensou um dia ser capaz de suportar. Não desejo colori-los, mas tocá-los e orgulhosamente tratá-los com a consideração que merecem.
Minhas rugas, que os intermináveis choros trouxeram, fazem duplas com as outras, as que gargalhei imensuravelmente. Amo-as todas e as respeito.
Não falo mal das idades, do tempo, do espelho denunciador.
Guardo o direito em ser grata pelos belos momentos vividos.
Isto tudo é meu e não há quem os tire de mim.
A minha veio assim, brincando, fazendo graça e absurdamente tímida quando pequena. Não sustentava um olhar mais demorado de quem quer que fosse. Temia, constrangida. Ainda assim, o tempo segurava-me pelos cabelos.
Depois quis mostrar que chegaria. Veio com ares soberbos, num corpo concluído e em mente imatura. Senti a dificuldade de todos me dizerem pronta e eu me ver despreparada. Ainda assim, o tempo enlaçava-me a cintura.
A época seguinte deu-me uma mulher em construção, a jovem saindo de cena com gestos reverentes para aquela que chegava, tranquila. Ainda assim, o tempo abraçava-me gentilmente.
Quando olhei no espelho, meus olhos refletiram uma maturidade que não senti chegar. Não vi entrar. Não percebi a presença. Ainda assim, o tempo tirava-me para dançar. E ainda o faz.
Minhas mechas brancas, que incomodam alguns, são herança agradável da menina tímida, da adolescente que cresceu mas não amadureceu, da mulher que aprendeu com as dores mais que pensou um dia ser capaz de suportar. Não desejo colori-los, mas tocá-los e orgulhosamente tratá-los com a consideração que merecem.
Minhas rugas, que os intermináveis choros trouxeram, fazem duplas com as outras, as que gargalhei imensuravelmente. Amo-as todas e as respeito.
Não falo mal das idades, do tempo, do espelho denunciador.
Guardo o direito em ser grata pelos belos momentos vividos.
Isto tudo é meu e não há quem os tire de mim.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
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