sexta-feira, 30 de maio de 2014

Assim, tudo vai se encaminhando
Encaixando no dia
Encontrando mãos à noite
Fazendo silêncio no afã
E suspirando até arder narinas
O odor com taquicardia
Num apertar e amassar
Escondido nas cobertas
Um tremor no canto dos lábios
Segurando o sorriso frouxo
Teimoso que insiste em cair
Da boca não autorizado
Baixando a guarda a pedido
Entrega o eu que falta
Rotineiramente nas conversas
Nas entregas furtivas
Criando realidades madrugada
Adentro
Expondo quão cru se pode
Exibir de verdade.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Um mundo de lindas emoções, este, onde vivemos com as crianças. 
Elas nos permitem crescer, amadurecer e aprender a ser gente, finalmente.
Não há medição para perfeição. Não existem regras. 
Cada criança nascida é uma chance nova. É Deus nos dizendo:
"Confio na sua capacidade para criar, educar e fazer deste pequeno ser, alguém de bem."
Ele confia que possamos extrair nosso melhor por aquela pequena criatura.
Filhos, quanta dor, tanto amor. As dúvidas que cercam, as emoções incessantes. Um tremor por dentro, um choro preso ou solto na garganta.
O coração para sempre em pedaços, eternamente refeito de suas aflições.
É o múltiplo sentir. O felizes para sempre, de verdade.
Testar-se, padecer, alegrar-se tantas vezes quanto se possa respirar.
É vida. Filhos são bênçãos. 

domingo, 25 de maio de 2014

E rindo assim, com um dia desses, concilia, sono, que estou feliz!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Minhas marcas e cicatrizes fizeram de mim quem sou, ao longo dos anos. Construíram alguém com uma bagagem tão grande que alguns livros poderiam ser escritos, abrangendo assuntos diversos. Mas algo fincou uma raiz profunda: o respeito que tenho pelos meus tombos, minhas dores e experiências. Fizeram com que eu seja mais generosa comigo mesma, aprendi a olhar de forma mais gentil para meus equívocos e erros. 
Meu corpo não é o mesmo, os brancos chegaram aos cabelos há anos, mas nada disso me assombra ou constrange. Gosto de ter meus batalhados 41 anos, faço questão de contabilizá-los todos. São meus por merecimento e vaidade nenhuma fará com que os encubra.
Não, o tempo não pára, ele nos leva junto, carrega no colo, com pressa. Só me resta viver e ser cada dia mais eu. Assinar meu nome no livro da vida e deixar minha digital nos que toco diariamente com meus sentimentos, palavras e presença.
O resto, por fim, será apenas lembrança. Vívida e intensa a quem me conhece profundamente e quem sabe, esmaecida e distante aos que me supõe. E todos estarão certos com suas imagens de mim. Não posso ser o meu melhor com todos. Não consigo ser aprimorada em tudo. Ainda assim, sou eu até o fim.
Que o tempo ajude e passe sem pressa. 
Que os dias sejam leves
Os meses se esqueçam 
E os anos docemente se entreguem
Presenteando-nos 
Com suas alegrias.
Há muito ainda que sonho com você...

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um dia, quem sabe
Aqueles sonhos antigos
Guardados sob o travesseiro
Façam parte da coleção
Que eu possa manusear
Folhear ou apenas
Correr os olhos
Por eles sobre a mesa
Então, depois
Crendo piamente na felicidade
Possa eu apenas
Resgatá-los e pô-los em prática.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Ah, o desamor...
Antagonista perfeito
Vislumbra meu eu
O íntimo imperfeito
Esforçado em acertar
Repleto de erros
E alguns desejos
Calados e guardados
Fazendo zunir
Nos ouvidos
O amor que sempre
Almejou encontrar.

terça-feira, 20 de maio de 2014

E agarrando 
Minha felicidade
Escondo no fundo 
Da gaveta
Onde quem inveja
Não vê
Quem deseja
Não conhece
Quem critica
Ignora.
Salvo a chance
De viver feliz
Saboto o olhar
Curioso.
Aos poucos
Um dia por vez
Ainda que sofregamente
Viva do desejo
Incessante de sorver
Toda uma vida
Lançar-me ao encontro
Em grandes goles
Largas tragadas
Imensas inalações
E alforriar meu eu.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Se preciso de mais tempo
Seguindo com dúvidas
Pairo almejando
Paro, respiro e volto
Caminhando rumo a um olhar
Feito gente grande
Feito alvo pronto
E, se atira e acerta-me
Rindo, falo das alegrias
E doçuras de ser sua!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Não sou inocente
Sempre sei onde entro
Onde olho e para  quem
Não tenho inocência disfarçada
Nem intenção de fingi-la
Ainda que seja mais cômodo 
Culpar ao outro 
Ou circunstância
Dor ou emoção
O que faço de melhor 
É reconhecer minhas fraquezas
As opções erradas
Vividas freneticamente
Tenho imenso prazer
Em ser eu
Apesar dos pesares
Do tempo e idades
Dos erros e equívocos
Acertos e atitudes
E não fossem todas
Minhas facetas de uma só cara
Não contaria tal historia.
Querida TPM, só mesmo você para me mostrar o branco e preto da vida, naquela foto esmaecida na gaveta, naquela conversa séria com alguém especial, no olhar sustentado ou desviado.
Apesar da confusão absurda que faz em mim, todo mês, dos choros, das inconstâncias e nostalgias, é a você que devo ser assim, centrada, pois quando estamos juntas, você desvenda todos os mistérios escondidos atrás dos finos véus de voal. 
Sei que daqui alguns anos, a minha maneira peculiar, sentirei saudades, falta da sua honestidade e amizade. 
 gratíssima por tudo! 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

De todas as surpresas
Que a vida poderia me dar
Trouxe você
Inesperadamente
Dos imprevistos rotineiros
Um que nem sonhava
Mas você veio
Só pude rir desacreditada
Sei o que fiz
Desmedida
Descarada
Controlada
Conscientemente
Monitorei a sensação
Mas proposital
Libertei minha emoção.
Welcome!