quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quero entrar no seu íntimo e vasculhar seus pensamentos. Devorar seus desejos, alimentar-me de seu gosto. Fazer uma bagunça na sua vida, trazer mais riso e cair e rolar. Juntar tudo que dói, que chora para trocar por ânimo. Permita que eu entre, senão, arrombo. Decidi. Eu quero. Não deixo um fio de cabelo no lugar, ao final da tarde, você vai se olhar no espelho e lembrar cada vez que enrosquei os dedos nos seus cabelos. E depois de suspirar, vai me chamar de volta. Ah, vai!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Falando um pouco do que está em mim, na minha vida e nada mais.
Fazendo parte de uma história estranha, que não me encaixo, pareço estar dentro mas não participo.
Sinto, desejo, quero, mesmo assim não me enquadro.
Onde você está, como posso evitar o que está por vir?
Você não ajuda, faço sozinha o que deveríamos dividir...
E vou andando para uma saída que não tem mais fim.
Abro a porta e por favor, saia, não tem mais espaço para fazer dor.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ô, mocinho! Por favor, quando finalmente resolver deixar minha vida no lugar, saia e feche a porta. Não quero outro alguém entrando sem que eu perceba, normalmente isso dá-me dor de cabeça. Não a literal, mas a outra, a que mais dói. Quero saber das minhas emoções, onde as guardou, por isso, deixe junto às chaves da porta da frente e do portão, um bilhete com a exata localização. Vou precisar delas após seu abandono. Sabe como vive uma mulher. Não passa muito tempo sem uma boa tormenta e lágrimas para fazer descer melhor. E deixe meu CD favorito, que é para chorar até esgotar minh'alma. Fora isso, tome seu rumo e nem ouse envelopar um mapa, porque não desejo mais viver de você.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Toca meu coração uma atitude carinhosa ou um passo em minha direção. Há quem deseje menos, eu quero tudo. Falo para que não precise adivinhar. O sono me apanha e, ainda que os olhos quase fechem, mesmo que não a contento, consigo despedir-me.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Não fez? É passado. Fez e não saiu como esperava? Calma... é lição!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tomando consciência dos males que faço a mim, possibilito o bem se aproximar.
Afastando o que me atrasa, o que me entedia, deixando o que me magoa, o que me entristece.
Abandonando coisas desnecessárias e pessoas supérfluas.
Sangrando, doendo e sem pudor, sofrendo. Já que não vivo de outra forma, já que necessito tanto de alguma dor.
Vivo de paz e uma harmonia enormes, de quando em vez procuro meu inferno particular. A cada dezena de anos o tédio me alcança. Acabo descendo alguns degraus e enlouqueço por algumas semanas.
E deixo-me assim, com insanidade, para buscar os próximos dez anos.
Subo os degraus e volto a mim.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um olhar perdido no dia, a tarde passa sem perceber e tendências à felicidade à noite.
Do café sem açucar à massa ao Bechamel para a salada com croûton.
Monstros SA para desanuviar, Talvez Algum Dia para suspirar, As Pontes de Madison para romancear.
Roupas para passar, louça para lavar, sono para descansar.
Uma tristeza no olhar, uma palavra dura para afetar e outra para amargurar.
Fechar os olhos para sentir, narinas enlouquecendo do seu odor, lábios abertos para conhecer seu mundo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tenho procurado viver simplesmente mas não nasci para isso.
Vim para ter emoção, solidão, dor, cicatrizes. Estou para a tristeza, o abandono, o choro incontido, o desespero da paixão, a sensação de fim.
Me alcança o amor não correspondido, o homem que não tive, o que nunca me terá.
O sentimento que brotou sozinho, para ninguém.
Ou o que tive por quem só me quis bem.
Atravessa meu caminho o riso, a alegria, minha porção realizada. Chega nos meus dias uma felicidade sem fim.
E para que mais? Eu já tenho a mim.
Significa viver em paz: manter a mente focada em tudo que seja necessário, descartar o que gera más sensações e aceitar tranquilamente que não controlamos o mundo.
Proporcionar uma alegria, um sorriso, uma gargalhada.
Facilitar o dia, a caminhada, a existência de alguém.
Ajudar a atravessar a rua, a carregar malas, pegar um papel do chão.
Girar o catavento, fazer bolinha de sabão, bater figurinha.
Fazer um afago na cabeça grisalha, beijar o rosto enrugado, ouvir velhas histórias.
Todos os dias enxergar as chances de ser melhor que a vida dá.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Uma noite. É tudo o que me separa de um momento repleto de amor.
Você fica ao longe, olhando e nem se move.
Penso o quanto posso ser importante.
Não vejo sua atitude.
Não vejo seu desejo.
Não vejo.
Paro de sonhar e acordo, já que tudo o que tenho entre hoje e amanhã é o esperado momento repleto de amor.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fecho os olhos e o meus sentidos trazem você de volta para mim. Seu gosto na boca ainda daquele beijo. O cheiro me arrepia do odor de seus poros. Olhar nos seus olhos e me ver neles, quase sorrindo. Sua voz tão perto e dentro que faz estremecer meus nervos. Seu rosto em minhas mãos, naquele momento que antecede todo o resto. E cada pouco mais perto, antecipando o prazer de sentir sua boca na minha. Revivo tudo num só pensamento.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sorrio. E fazendo isso, quebro os que pensam erroneamente sobre mim. Sorrio. Assim, derroto as palavras ásperas que guardam para mim. Sorrio e sorrindo, deixo atrás de mim as maldades alheias.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sinto tanto, mas tanto. Queria que ainda estivesse aqui, ao meu lado.
Tento não pensar, mas você está em mim. Nas minhas falas, nos pensamentos.
Você está no que vejo, no que ouço. Está no que sonho e imagino.
Quando fecho os olhos, quando sinto a brisa ou no balançar da rede.
Você está aqui, você está em tudo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

E o ar foge, as cores somem de mim e meu coração salta. Faço que ignoro, mas insiste. Tento não olhar, mas vejo. Procuro deixar assim, até acabar, mas não resisto. Agarro com ambas as mãos, leio seu nome, abro e permito que meus olhos famintos deglutam cada palavra. Mas quando o fim chega, inevitavelmente sorrio, rubra e sozinha. Meus lábios, com vontade própria, desenham o prazer de ler sua mensagem.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Quero ir à cachoeira e olhar, sem pressa alguma, a água indo para algum lugar que nem imagino.
Desejo sentar-me na areia, sentir sua aspereza, enquanto o barulho do mar entra por meus poros, o odor por minhas entranhas e o sal a arder-me as narinas.
Na pracinha, à tarde, ver crianças do tamanho da minha correndo e rindo, tropeçando na coleira do cachorro, de patinete e bicicleta.
Quando o vento despentear meus cabelos, trouxer poeira para meus olhos, então, levará embora tudo o que me pesa.
Sinto-me responsável. Demais. Se depender do meu sorriso, terá. Se precisar do meu abraço, é seu. Se for apenas do meu beijo, aqui está. Se pra ser feliz, eu, sou sua. Não quero ser motivo de choro ou desespero. Não quero lágrimas nem solidão. Se não puder ser o melhor, que nada seja. Mas se for para a maior alegria do mundo, conte comigo.
Vou amar tudo que puder, de uma só vez. Não sei se vai dar tempo amanhã...


Com energia 100%!