sábado, 1 de novembro de 2014

Mais um novembro. Inevitáveis emoções. Sinto os olhos rasos d'água. Sinto-os voltados para frente. E então para mim. Naquele reconhecimento antigo. De muito tempo. Dias passados correm por aqui. Semanas, meses, anos. E não há peso. Ou desconforto. Mas certezas. Dos sentimentos honestos. Das lágrimas furtivas. Das jornadas. Dos gestos de acolhida. De despedida. Mais uma vez, em novembro. E meus olhos correm por mim, uma vez mais. Diante da gratidão que me toma, só posso abraçar-me carinhosamente, agradecendo a maturidade que ganhei do tempo, as rugas e fios brancos que me presentearam os anos, mas principalmente, este amor e desejo de ser eu inesgotável, verdadeira e honestamente. Sem medos. Sem reservas. Sem senãos.
Qualquer sinal
Um cheiro ou palavra 
Não importa nada
Do tanto que está em mim 
Leio desavisada
Coro de saudade
Viajo no passado
Desejo indefinidamente.