sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Então a sensação foi incrível! Parecia que algumas formiguinhas passeavam por ela, dentro da barriguinha. Pensando em como a mágica havia sido feita, coçou o umbigo e olhou para ele. Estava tão normal... Mas não estava. As formiguinhas insistiam em andar, correr e fazer farra na barriguinha. Riu ao ter um pensamento. Como foram parar ali dentro? Tinha certeza de que todas elas eram arteiras, danadinhas, pois não paravam um minuto sequer! E dá-lhe corre-corre de formiguinhas.
Sentiu os olhinhos pesando, pesando, veio aquele sono incontrolável que agora resolvera ter todas as tardes. O sono, de tão profundo, trouxe pesadelos que eram tão comuns já, que ela nem se assustava mais.
Quando obriu os olhinhos novamente, sem pressa nenhuma, com preguiça e o calor do meio da tarde, percebeu que algo estava estranho em si. Onde foram parar as formiguinhas? Ficou desolada ao se sentir só e sem a companhia frenética, rápida, ágil das formiguinhas.
O resto do dia foi tão chato, tão desinteressante!
Quando o relógio marcou dezenove horas e trinta e dois minutos, percebeu uma, depois outra e mais outra e tudo ganhou graça novamente. Elas haviam voltado! Todas as formiguinhas maluquinhas a correr sobre a barriguinha.
Ufa! A noite voltara a ter mais encanto.