sábado, 14 de junho de 2014

O que vejo diariamente são duas atitudes distintas em pessoas resolvidas: 
1) ser independente e suficiente
2) esperar encontrar no outro complementos.
Pensei por algum tempo que ser metade da laranja era estar pronta para uma relação onde uma outra metade chegaria e me faria tão completa que o mundo seria rosa.
Depois, passei a ver o mundo onde o correto é ser inteiro aguardando outro inteiro, onde uma relação perfeita seria possível.
Hoje (e certamente eu deva a isso à idade e experiência), acordei com uma visão nova, mas bastante confortável e, creio, minha filosofia sobre "o que esperar do outro".
Não esperar nada. É impossível ser completo, perfeito. Ninguém será o suficiente, bastante, para si mesmo, também. Ocorre que aprende-se a conviver (viver, aceitar, ver-se com melhores olhos) consigo mesmo. Com virtudes, equívocos. Aprende-se a ser generoso, não com os outros, o que tanto se prega, mas com a pessoa com a qual se conviverá todos os dias de sua vida. Com o Eu.
Não posso, em contrapartida, imaginar que alguém me vá completar. Salvo em momentos íntimos, isto não vai ocorrer. O preenchimento interno, emocional, cabe ao tempo, às vivências, à atenção que dou a mim e meus sentimentos.
Não quero um perfeito. Não preciso de partes. Descarto, a partir de hoje, teorias antigas, gastas e ineficazes (para mim).
Para parceria, convivência, amor, compreendi que (e cada um com sua fórmula), desejo alguém que se interesse honesta e verdadeiramente pelas inúmeras Vivianes que habitam em mim. Não precisa amá-las ou entendê-las e aceitá-las todas. Mas que não as julgue e saiba que apesar dos meus momentos, minha personalidade única é totalmente entregue quando tocada com sinceridade.

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